quarta-feira, 8 de outubro de 2008

"The Little Man"


Hitler: The Rise of Evil (2003), realizado por Christian Duguay, é uma excelente produção cinematográfica adaptada para televisão (2 episódios que ultrapassam as três horas de filme), que nos conta com grande pormenor todo o percurso de Adolf Hitler, desde a sua infância marcada pela morte do seu pai e a morte da sua mãe, passando pelo serviço militar na primeira grande guerra, à sua rápida ascensão dentro do partido trabalhador, até à estranha relação com a sua sobrinha Geli... no fundo explica-nos todo o processo de legitimação das suas ideologias políticas, até a obtenção do cargo de Chanceler e à entrada em vigor da lei mais negra da história da humanidade, a chamada "Final Solution". 
Quanto ao elenco, podemos encontrar nomes como Robert Carlyle no papel de Hitler, Matthew Modine, Liev Schreiber, Peter Stormare ou ainda Peter O'Toole.
Temos de realçar o fantástico trabalho de construção de personagem e caracterização por Robert Carlyle, o "seu" Hitler está impecável sem qualquer falha, desde o mítico bigode, os seus irascíveis e incendiários discursos com todos os seus tiques, até o perceptível crescimento da sua insanidade mental e pelo ódio face aos judeus.
Esta obra dá a conhecer ao espectador, somente a ascensão do homem que marcou o século XX e toda humanidade, sendo responsável pela morte de 6 milhões de judeus e quase 1 milhão de ciganos, testemunhas de Jeová, homossexuais e pessoas portadoras de deficiências; dos quais mais de 1 milhão e meio eram crianças!
Simplesmente obrigatório.
Para mais informações sobre este filme cliquem aqui.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

"What a Cluster Fuck!"




Após um perturbante e sangrento, "No Country for Old Men" (2007), Ethan e Joel Coen (os famosos irmãos Coen) apresentam-nos desta vez "Burn After Reading", uma hilariante e inteligente comédia, onde o povo americano é satirizado ao extremo.
John Malkovic é um agente secreto da CIA, Osbourne Cox, que após ter sido despedido decide escrever umas memórias sobre todos os seus anos no activo. Quando um cd com os seus apontamentos, vai parar ás mãos de Chad (Brad Pitt) e Linda (Frances McDormand), funcionários do ginásio "HardBodies", tudo corre para o torto, mudando a vida destes personagens de uma forma drástica.
Este filme está brilhantemente escrito e realizado pelos irmãos Coen, onde podemos encontrar deliciosos pormenores de realização, tal como o fantástico plano de um diálogo em frente ao espelho entre Ooosbourne Cooox (obrigado Chad) e a sua mulher Katie Cox (Tilda Swinton), que é amante do ex-segurança e engatatão Harry Pfarrer (George Clooney), ou ainda a descida de Osbourne com o copo de whisky na mão. 
Os diálogos são o ponto forte de todo o filme, puxam para a comédia negra, são inteligentes e cativantes; juntando o talento de todo o elenco (que é excelente) e de personagens muitos bem satirizadas, que reflectem na perfeição a mentalidade quadrada que tanto caracteriza o povo americano.
A genialidade do filme acenta no bom entrusamento de todos os personagens, nas suas ligações e sequências narrativas, com cheirinho a "Crash" mas no âmbito cómico.
Aconselho vivamente a irem ver este filme, pois vão rir do principio ao fim, com todos os diálogos e personagens absolutamente surreais!
Se quiserem saber mais cliquem aqui.
 
   

terça-feira, 30 de setembro de 2008

A Evitar!


Aqui estão filmes tão maus, que nunca deveriam ter visto a luz do dia, e que eu nem sequer consegui chegar ao fim. Desta forma, vou inclui-los na galeria mensal "A Evitar!", fiquem apenas com os posters:



And the Winner is...

The Best:    Gloria Swanson, pelo brilhante desempenho em Sunset Boullevard.

And The Worst:
                          Larry Bishop, pelo seu fraco desempenho em Hell Ride.                 

"Best & Wrost Awards"

É minha intenção no final de cada mês, fazer a nomeação do melhor e do pior actor\a que tenha participado nos filmes que visionei no decorrer desse mês.
Pelo que o meu próximo post será dedicado a esta nova ideia que tive.
Stay tuned, para saberem os vencedores de setembro. 

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

That's GORE baby...


Dr. Vannicut, considerado por muitos um génio da medicina, era o director de um "asylum" para pessoas efémeras. O seus tratamentos inovadores tinham bons resultados, até que misteriosamente Dr. Vannicut começou a espalhar o terror junto dos seus pacientes como se estivesse de certa forma possuído, torturando-os, cremando-os, enfim, fazendo todo o tipo de atrocidades. Acusado de vários crimes contra a humanidade, todos estes acontecimentos pareciam inexplicáveis.
Ariel (Amanda Righetti), é editora de uma revista, a "XTD", quando recebe a notícia que sua irmã se suícidou decide investigar as suas causas, levando-a à casa assombrada pelas almas dos doentes do Dr. Vannicut, com vista a desvendar todo este mistério; o resultado?digamos que no mínimo é sangrento...
Escrito por William Massa e realizado por Víctor García, "Return to House on Haunted Hill" (2007) é um bom filme de terror, com muito "gore", muitas entranhas e muito sangue à mistura (tal como se exige neste tipo de filmes), onde todo o "plot" gira em torno de um "idol", a estátua de Baphomet que representava um símbolo de uma seita demoníaca, que por sinal se encontra no asilo do Dr. Vannicut.
Este filme não apresenta nada de novo em termos de argumento, tendo visto vários filmes que acentam neste tipo de história (como por exemplo no Ghost Ship), mas verdade seja dita, após um prometedor e apelativo genérico o produto final não desilude (posso garantir), onde encontramos mortes espectaculares (muito gore), efeitos especiais muito bons e assutadoras montagens de cut-scenes, falo obviamente das alucinações. A caracterização e os pormenores não foram deixados de parte, deixando um arrepio na espinha quando vemos o fruto deste trabalho no  grande ecrã, tal como todos os decores que estão extremamente sombrios e bem conseguidos.
O espectador mais atento pode aperceber-se que estamos perante um típico melodrama, onde figura o quase sempre detestável "happy ending", como é o caso deste. Compreendo que em termos de resolução do argumento tudo aponta para este final, contudo, eu esperei alguma ousadia com um "ending" mais arrojado.
Aconselho o visionamento deste filme a todos os fãs do estilo, não ficaram desiludidos.
Se quiserem saber mais sobre os tratamentos do Dr. Vannicut, cliquem aqui.

domingo, 28 de setembro de 2008

"Shiny Armour"




Tony Stark (Robert Downey Jr.) que para além de ser extremamente rico, super inteligente e ser um mulherengo de primeira dotado de um peculiar sentido de humor, é igualmente o presidente da "Stark Industries", a maior e melhor empresa construtora de armas, que trabalha juntamente com o exército americano.
Após uma apresentação no Afeganistão do último modelo de mísseis terra-ar da "Stark Industries"  pelo próprio Mr. Stark, este vê-se envolvido numa emboscada onde acaba por ser sequestrado por um grupo de rebeldes afegãos, e é mantido em cativeiro numa gruta até conseguir construir uma réplica da sua última invenção balística. Construindo uma armadura de ferro com propulsores a jacto a partir de escassos meios que dispunha, lá consegue fugir do seu cativeiro.
Ao tomar consciência do lado negro do seu negócio de exportação de armas, Tony Stark decide construir uma armadura com base no projecto que o salvou no Afeganistão, com a ideia de combater os terroristas que misteriosamente adquiriram armas da "Stark Industries". Investindo todo o seu tempo e empenho na construção desta armadura, num processo algo cómico, acaba por surgir o "Mark III", com a sua fantástica armadura vermelha e dourada, equipada com tecnologia de ponta.
Tony Stark tem como assistente pessoal a bela Pepper Potts (Gwyneth Paltrow), que vai ser uma peça fundamental no desenlace final na luta contra o vilão Obadiah Stane (Jeff Bridges). 
Este filme tem como "target" o grande público, fã deste tipo de "american block buster".
Um filme cheio de acção, com excelentes efeitos especiais, de argumento acessível e visualmente apelativo, resulta numa bem conseguida transição dos "comics" da Marvel para a grande tela.
Se quiser saber mais sobre Iron Man, clique aqui.  
   

"Kill Them All"




Abordando questões de sobreposição de jurisdições e cooperação internacional, seus conflitos e pressões, The Kingdom (2007) de Peter Berg, apresenta-nos o lado negro da exploração do tão desejado petróleo, da presença dos EUA na Arábia-Saudita e de terrorismo.
Após um atentado suicida dentro das instalações dos trabalhadores americanos da área petrolífera, Ronald Feury (Jamie Foxx) e a sua equipa de agentes especiais do F.B.I. composta por Grant Sykes (Chris Cooper), Janet Mayes (Jennifer Garner) e Adam Leavitt (Jason Bateman), decide partir para a Arábia-Saudita para investigar este incidente. Devido à política externa americana ser um tema bastante sensível, e tendo em conta que a Arábia-Saudita é a única aliada dos americanos no médio oriente, a presença de agentes do F.B.I. é algo que poderia por em causa a soberania da Arábia-Saudita no domínio de segurança interna, pelo que foi veemente recusada a partida desta equipa. Contudo partiram, pelo que adivinha-se uma estadia atribulada para estes agentes especiais.
Queria só fazer uma breve nota, para o facto de não perceber a presença de Jennifer Garner na equipa de Jamie Foxx. Creio que não se justifica esta presença feminina, somente para salientar um conflito de costumes numa cena, onde esta não poderia atender a um jantar no palácio do Príncipe por ser mulher.
A meu ver, estamos perante um excelente filme que contrasta bem estas duas civilizações tão opostas, o ódio de ambas, com as suas desiguais crenças religiosas e métodos de investigação.
No fundo tudo se resume ao espectacular final...
Para mais info sobre este filme clique aqui.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

British Dark Commedy


Shaun of the Dead (2004) do realizador Edgar Wright, que realizou igualmente Hot Fuzz, é uma hilariante comédia negra tipicamente britânica sobre zombie's.

Simon Pegg é "Shaun", um vendedor de electrodomésticos recentemente promovido, com uma vida que se resume básicamente a idas ao Winchester pub com o seu amigo Ed (Nick Frost) e à namorada Liz (Kate Ashfield).

Até que um dia tudo muda quando uma bactéria que transforma pessoas em zombie's atinge a sua pequena cidade.

Obviamente que com esta defenição, poderam pensar que se trata de um filme de série B banalíssimo, mas acreditem que estão enganados.

De facto, quanto à história pouco há a acrescentar mas o que torna este filme tão bom (para além de ter de ser fã deste tipo de filmes), são a introdução de pormenores "deliciosos" e inteligentemente pensados, que muitas vezes podem passar despercebidos aos olhos do espectador: como por exemplo a frase "you have smothing red on your shirt" constantemente usada, a falta de pontaria de Shaun e Ed ao atirarem os discos de vinil, ou ainda a ligação dos diálogos iniciais...muito bom!

Como mais valia temos a participação do grande actor Bill Nigh (Pirates of the Caribbean: At Worlds End, Notes on a Scandal, Love Actually), embora não tenha um grande papel a sua presença é sempre algo que me agrada.

A única coisa que me deixou um pouco desiludido, foi a inexistência de decapitações, essenciais neste tipo de filmes. De qualquer forma aconselho este filme para os fãs do género.

Para mais informações sobre Shaun of the Dead, vão aqui http://www.imdb.com/title/tt0365748/.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

"God's Insurance Policy"


Will Smith é John Hancock, o verdadeiro anti-herói: mal educado, politicamente incorrecto, alcoólico, utiliza linguagem grosseira e é odiado por todos pelo facto de praticar o bem de uma forma pouco convencional.
Até o dia em que salva Ray Ember (Jason Bateman) de um comboio. Ray é um consultor de imagem e marketing, que perante a situação de Hancock face à opinião pública decide ajuda-lo ao sugerir que este se entregue ás autoridades e através de um programa de "anger management" prisional.
Do actor e realizador Peter Berg (Collateral, Smokin'Aces, The Kingdom), surge-nos este típico "american box office movie" repleto de efeitos especiais de ultima geração extremamente realistas, com um argumento muito acessível e de fácil agrado ao grande público. 
Crítico negativamente a inserção da lindíssima Charlize Theron (Mary Ember) mulher de Ray, como cara-metade de Hancock com poderes ainda superiores a este, com o objectivo de dar algumas noances cómicas ao filme, que a meu ver são descabidas já que Hancock é uma personagem cómica, isto para não falar da ridícula discussão entre "husband and wife".
Hancock é um filme visualmente apelativo cheio de acção e fantasia, que nos apresenta um modo de encarar os "super-heróis" numa vertente interessante, onde Will Smith tem um desempenho satisfatório. 
Queria só fazer uma última nota: acredito que se este filme tivesse sido realizado por Micheal Bay o resultado final teria sido ainda melhor.
Para mais informações sobre Hancock, cliquem aqui.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

White t-shirt for all...







Baseado em factos verídicos, Boot Camp (2007) realizado por Christian Duguay (que tem uma carreira mais ligada à tv) vem abordar um delicado tema: A educação de jovens problemáticos.

Perante o mau comportamento dos filhos e a consequente perda de controle dos seus pais, leva a que estes transfiram a tutela dos menores até completarem 18anos a colónias de correcção para crianças problemáticas, onde muitas vezes estas colónias apresentam métodos pouco didácticos, agressivos e "operam" sem qualquer tipo de supervisão ou controle governamental.

Localizado nas Ilhas Fiji, encontra-se "Serenity Camp" dirigido pelo controverso Norman Haile (Peter Stormare). De sua autoria, o ASAP (Advanced Self Achievement Program) consiste numa espécie de purificação do jovem e a eliminação das más influências da sociedade no seu comportamento. Tudo começa com um curioso "welcome gift", uma noite passada em cima de um bloco de cimento à beira-mar, considerado pelo Dr. Hail o reverso da medalha pelo mau comportamento perante os seus pais. O "goal" para estes jovens é a tão desejada t-shirt branca que significa o regresso a casa.

Sophie (Mila Kunis) e Ben (Gregory Smith) são um casal perdidamente apaixonado. A rebeldia de Sophie leva o seu padrasto a aderir ao ASAP levando à separação destes jovens, mas o amor fala mais alto e Ben faz tudo ao seu alcance para reencontrar a sua cara-metade, muito ao estilo de Romeu&Julieta.

Para mim a chave deste filme são as reuniões terapêuticas dos jovens, onde estes têm de auto-confrontar os seus medos e partilha-los com os restantes. O método é utilizado por psicólogos, mas o formato agressivo como nos é apresentado pelo Dr. Hail é pouco didáctico para a educação destes jovens, contudo, devo salientar que este método é utilizado em preparação de elencos para filmes, por exemplo no Tropa de Elite pelo Capitão Nascimento (Wagner Moura) e posso garantir (por experiência pessoal) que os resultados são impressionantes!

Gostei bastante do filme pela crueza das imagens, pela localização idílica, a loucura, e a inevitável revolta dos jovens. Aconselho o visionamento.

Para mais info sobre Boot Camp, cliquem aqui.



domingo, 21 de setembro de 2008

Rita's Playland


The Lady from Shangai de 1947, é um belissimo "film-noir", com um argumento estremamente bem escrito, envolvente e misterioso realizado por Orson Welles.

Certa noite, "Black Irish" Micheal O'Hara (Orson Welles) destemivel marinheiro, encontra-se deambulando num parque até que depara com a lindissima Elsa Bannister (Rita Hayworth), mulher do extremamente rico Arthur Bannister (Everett Sloane), que mantém a reputação de ser o melhor advogado de defesa dos Estados Unidos.

Mr. Bannister tenta dissuadir O'Hara a embarcar num cruzeiro e após sucessivas recusas acaba por ceder, e que cruzeiro...

O plot inicial apresenta-se simples, mas com o surgimento do estranho e psicótico sócio de Mr. Bannister, George Grisby interpretado por Glenn Anders, tudo se torna mais denso e interessante quando este sugere a Micheal encenar o seu próprio homicidio.

O realizador apresenta grandes falhas em relação ao pós-produção que poderiam ser facilmente remendadas, mas temos de ter em conta que estamos perante um filme de 47 - estou a relembrar-me da cena do pic-nic quando Mr. Bannister chama O'Hara por exemplo.

Interessante é o facto do plano bastante complexo e maquiavélico de Elsa Bannister ter diversas interpretações, dando liberdade ao espectador de divagar quanto à autoria do crime e os seus objectivos até ao fim do filme, "deixando-nos" num certo desconforto.

Nota positiva para a boa ligação entre o comovente monólogo de Micheal O'Hara no pic-nic, fazendo alusão aos tubarões e o fantástico fim, onde fica marcada a mítica cena dos espelhos repetidamente utilizada como fonte de inspiração hoje em dia em diversos filmes. E também para a sempre bela Rita Hayworth, que marca a diferença no meio de contra-cenas sebosas!

Para mais info sobre este filme cliquem, http://www.imdb.com/title/tt0040525/.

Relax, Take It Easy...


Devo confessar que foi num invulgar estado de excitação que visionei, The Incredible Hulk (2008), o último filme de Louis Leterrier, que realizou igualmente Alien: Resurrection (1997) ou ainda Danny the Dog (2005).
O filme começa com fabulosos planos da Favela da Rocinha RJ - Brasil e das suas estreitas ruas, onde Edward Norton (que vem substituir Eric Bana) dá vida ao cientista Dr. Bruce Banner "aka: Hulk". Este encontra-se fugido do Exército Americano, e tenta encontrar uma cura para eliminar a "Gamma" que está no seu sangue. Curioso o facto de Bruce trabalhar numa fábrica onde se produz um refrigerante verde.
The General (William Hurt) decide reunir uma equipa para localizar e capturar Banner, com o objectivo de criar o "super soldado", projecto que foi idealizado durante a WW2. Um desses membros da equipa é o Major Emil Blonsky, interpretado por Tim Roth, que a meu ver foi uma má escolha: primeiro porque este fantástico actor tem ar de tudo menos de fuzileiro no activo, e segundo porque dão 39 anos ao personagem, tendo na vida real 47 (espero não estar a ser picuinhas).
Gostei imenso de ver Liv Tyler no papel de Drª. Elizabeth Ross (eterna paixão de Banner), e creio que faz uma bela ligação com Edward Norton. Embora não perceba o repentino regresso à civilização após o incidente na universidade.
Fantástica transformação aos 200 bpm no incrível Hulk, bom trabalho de realização com efeitos especiais realistas, dão uma boa intensidade ao filme.
Mais uma boa adaptação dos comics da Marvel para o grande ecrã. Recomendo aos fãs do género, e escusado será dizer qual o filme que terão de ver a seguir, quando depararem com o Dr. Shark.
Para mais informações sobre The Incredible Hulk, cliquem aqui.



sexta-feira, 19 de setembro de 2008

"Curious Hobbie"


1960; 40.00 mil dolares e a fuga da bela Marion Crane (Janet Leigh) para parte incerta, iniciam Psycho, uma obra-prima das maõs do génio Alfred Hitchcok. Nomeado para 4 Oscars, Psycho marca o inicio do estilo horror\thriller, servindo ainda hoje como fonte de inspiração para quase todos os fillmes deste género; The Texas Chainsaw Massacre (1974), Identity (2003), The Skeleton Key (2005) entre outros.
Embora utilizando métodos bastante arcaicos, Hitchcok consegue criar um ambiente misterioso, sombrio, e cativante de se ver. Recorrendo bastante a planos apertados e a sonoplastia muitíssimo bem escolhida, essencial para "Horror Movies"; geniais "closes", relembro a famosa cena do esfaqueamento de Marion enquanto toma banho e o "closão" seguinte da sua cara; e à excelente interpretação do sinistro Norman Bates (Anthony Perkins).
Relativamente ao argumento, a meu ver acho que não estamos perante nada de genial, contudo, o excelente trabalho de realização de Alfred Hitchcok e a grande qualidade dos actores, fazem deste filme uma obra-prima que marca o inicio de um género, que eu pessoalmente aprecio muito.
De salientar, fica o magnifico fim da trama com um "Twisted Ending" fabuloso e extremamente assustador (mesmo nos dias que correm) protagonizado por Norman Bates.
Resta-me sugerir ao leitor uma "breve" estadia no Motel Bates, onde não tem que se preocupar com o livro de reclamações pois não terá "tempo" de o assinar...
Para mais info sobre Psyco ponham aqui a vossa rubrica, Register Book .

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Tragédie Tragédie Tragédie...




Após um peculiar e irónico No Man's Land (2001), Danis Tanovic apresenta L'Enfer (2005).
Este intenso drama relata a história de Sophie (Emmanuelle Béart), Celine (Karin Viard) e Anne (Marie Gillain), irmãs separadas pelo destino. As três partilham um trauma de infância devido a um violento incidente protagonizado por "le père, Antoin" (Miki Manojlovic), injustamente acusado de ter molestado sexualmente um jovem paciente, por "la mère Marie". 
Esta tragédia vem-se reflectir num profundo drama do presente destas irmãs; com vidas disfuncionais, desde problemas matrimoniais, adultério, gravidez indesejada, solidão...Tanovic apresenta-nos um retrato frio e cru do desespero feminino, que a meu ver, vem denegrir a imagem da mulher pelo sofrimento incomodativo vivido por estes personagens.
Agradou-me imenso o desempenho destas actrizes e o enredo parecia prometer, pois estas três mulheres têm um passado muito negro e conturbado, contudo, peca pelo  desenlace simples e pouco inteligente.
Perante uma cinematografia enfadonha e melancólica, caminhamos para o tão ansiado fim que vem-se a revelar insuficiente. O "gathering" das três irmãs com "la mère Marie" (Carole Bouquet) que se encontra em débil estado de saúde num azilo, fazia esperar um desenlace mais complexo e talvez mais interessante. Mas nada disso sucede, apenas uns "closes" das quatro, desgastadas pelo tempo e pela vida, de olhar magoado pela infeliz realidade do seu quotidiano... frio, angustiante, cruel... Trágico! 



 

"A True Hollywood Story"


Em torno de grande controvérsia no seio de Hollywood no início da década de 50, nasce Sunset Boullevard, uma obra-prima de Billy Wilder.
Este film-noir\drama\romance gira em torno de Norma Desmond (Gloria Swanson), estrela de filmes mudos na década de 30. 
 Hollywood evoluío para filmes com som, deixando Norma desempregada há mais de 20 anos, iludida pelos seus tempos áureos refugia-se no seu soberbo palácio, mergulhando numa espiral de surrealismo com sérias disfunções quanto à realidade que a rodeia, pois a industria é fria e crua. Sempre acompanhada pelo sinistro mordomo Max Von Mayerling (Erich Von Stroheim), foram uma dupla inseparável onde Max faz tudo ao seu alcance para satisfazer os caprichos da "madame". Curiosamente na vida real, Erich Von Stroheim era um realizador de filmes mudos e no momento em que rodou este filme encontrava-se numa situação extremamente precária a nível profissional, pelo que estava a interpretar o "seu verdadeiro eu"!
Até o dia em que Norma Desmond conhece Joe Gillis interpretado por William Holden. Joe é um "screen writer" de filmes serie B com dificuldades monetárias, é a chave deste filme, o núcleo do "plot", e a relação destes dois personagens vai mudar as suas vidas.
Willy Wilder, fez um trabalho excelente utilizando técnicas algo arcaicas, mas com excelentes resultados: relembro o inicio do filme, que a meu ver é um dos melhores começos de sempre no mundo do cinema, com o corpo de Joe a boiar na piscina de Norma. Billy não tinha o equipamento adequado para filmar debaixo de água, mas através de uma combinação de espelhos o efeito é conseguido, resultando numa imagem marcante mesmo nos dias que correm; ou ainda a utilização de pó próprio decor (que foi todo reconstruído em estúdio e está brilhante) e soprar para as câmaras para obter um efeito mais vintage.
Grandes actores, com fortes personagens todas elas oportunistas, um argumento sólido, exigente e cativante, conjugado com  o eterno dilema da industria cinematográfica; a exploração dos actores e a sua inevitável descartabilidade, unem a velha Hollywood com a nova, pondo Billy Wilder muito à frente do seu tempo, tornando-o ainda hoje uma fonte de inspiração para a industria. Simplesmente obrigatório para quem goste de cinema.
Para mais informações sobre Sunset Boullevard vão aqui, http://www.imdb.com/title/tt0043014/

domingo, 14 de setembro de 2008

A Incessante Busca do Inexplicável


The Hapenning escrito e realizado por M. Night Shyamalan, apresenta um conceito de ameaça para a humanidade completamente surreal. Como forma de defesa perante a continua poluição e destruição do homem face ao planeta, as plantas "decidiram" libertar uma toxina, que ao ser inalada cria "graves" disfunções cerebrais levando literalmente as pessoas a matarem-se.

Logo na primeira cena do filme Elliot Moore (Mark Wahlberg), ao dar a sua aula relata um "hapenning" ocorrido na Australia que aparentemente não tem explicação, o desaparecimento sem rasto de milhões de abelhas. Percebi desde logo que Shyamalan, continuava a sua "Busca do Inexplicável".

M. Night Shyamalan, tem sido duramente críticado pelo suposto decréscimo de qualidade em relação ao conteúdo dos seus filmes , não esquecer o fracasso de Lady in the Water de 2006. Admitindo ser um fã deste realizador, com "The Hapenning" arrisca por pegar neste conceito macabro e inexplicável, que a meu ver tem o seu "Q" de beleza; relembro a fantástica cena em que os construtores se vão atirando do prédio em que trabalham, ou ainda a cena em que um homem liga o gigante corta relva e deita-se à espera do seu fatídico fim. Mas para mim a melhor cena do filme é a do policia que "saca" da sua arma suicidando-se, e essa mesma arma vai deambulando pelo chão como simbolo de morte enquanto vai sendo utilizada para "ceifar" outras vidas, por mentes vazias, GENIAL!

Digam o que disserem, bem ou mal, M. Night Shyamalan criou um marco neste género cinematográfico com The Sixth Sense (1999), e desde então todos os seus filmes marcam-nos de certa forma, pelo que eu considero que vale sempre a pena ver as suas obras. Agora é so esperar pelo pós-produção do seu último filme The Last Airbender (2010), e eu cá estarei para o ver!


Para mais informações sobre The Hapenning cliquem, http://www.imdb.com/title/tt0949731/.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

The Biker's Western


Hell Ride acenta no famoso lema dos " 3 B's: Bikes; Beer and Boobs".
Todo o enredo gira em torno deste lema, que é explorado ao máximo com o intuito de cativar o espectador, contudo, esse feito não é conseguido.
Com argumento e realização de Lary Bishop, que também dá vida à personagem de "Pistolero", Hell Ride (2008) peca por falta de conteúdo, diálogos pobres, para não falar no enredo que é mau e facilmente "diluído".
É perfeitamente visível a mão de Quentin Tarantino (Executive Procucer) neste filme, pois todo ele bebeu inspiração a Kill Bill, transições de preto e branco para cor, a sede de vingança, as mortes de uma violência atroz e litros de sangue, conjugado com as típicas "meninas" estilo Bunny Ranch, que QT tanto gosta enquanto espera que uma luz divina lhe dê inspiração para o próximo filme!
Confesso que o inicio do filme deixou-me curioso e entusiasmado, pois os planos iniciais são bons, a banda sonora a condizer com o cenário macabro que o realizador nos apresenta, mas infelizmente não passa disso.
Sou um grande fã de Quentin Tarantino, mas creio que esta parceria com Larry Bishop deixa muito a desejar.
Acho que não perdem nada em ver o filme, mas não esperem mais do que o filme vos tem para oferecer, "The Three B's"!
Para mais informações sobre este filme vão aqui, http://www.imdb.com/title/tt0411475/.

domingo, 7 de setembro de 2008

The Black Dhalia


Após sucessivos adiamentos, decidi ver este filme de Brian de Palma de 2006.

Devo confessar que gostei do filme, com planos bastante interessantes, que resultam bem. O realizador consegue situar espectador na época em que é passada história (finais dos anos 40), através do guarda-roupa (estou a lembrar-me da cena em que a "Kay" está de roupa interior e fecha a porta a "Bucky"), tal como os decores. Um pormenor interessante foram as transições de cena em cena, onde se vê ao final da cena anterior a desvanecer indo contra o inicio da seguinte.

Quanto aos personagens devo salientar o forte Lee Blanchard encarnado por Aaron Eckhart, achei um personagem extremamente forte e também os momentos de silêncio da Kay Lake (Scarlett Johansson) a quando dos dialogos com "Bucky". Hilary Swank fez um papel competente, onde não teve história para dar largas à sua representação, embora tenha uma deixa que me agradou bastante: "You rather fuck me than kill me".

Quanto ao argumento achei demasiado confuso e rápido, as informações eram-nos dadas muito rapidamente e a meu ver, descontextualizadas, deixando o espectador algo confuso.

Bom final com a confissão da alucinada, Ramona Linscott representada por Fiona Shaw.

Nota rápida para a equipa que trabalhou no "corpo" da Elizabeth Short" gostei de a ver cortada ao meio e do seu novo sorriso. É caso para dizer: "why so seeeerious?!"
Para mais informações sobre este filme consultem, http://www.imdb.com/title/tt0387877/.